terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A Vida de Um Poeta...


Luís Vaz de Camões nasceu em 1524/25, certamente em Lisboa.
Era filho de Simão Vaz de Camões e também de Ana de Sá.
Tudo indica que Luís Vaz de Camões pertencia à pequena nobreza. A situação de pertencer á pequena Nobreza não lhe constituía qualquer poder económico.
Camões frequentou o Ensino Superior, pelo que justifica a sua vasta cultura. 
Eventualmente Camões estudou em Coimbra, pelo que se referiu, a “longo tempo” passado nas margens do Mondego.
Antes de 1550 Camões viveu em Lisboa, onde permaneceu até 1553. Essa estadia foi interrompida por uma expedição a Ceuta onde foi ferido e perdeu um olho.
Em Lisboa, participou com diversas poesias nos divertimentos poéticos a que se entregavam os cortesãos; relacionou-se através desta actividade literária com as damas de elevada situação social, entre as quais D. Francisca de Aragão, e com fidalgos de alta nobreza, com alguns dos quais manteve relações de amizade. Representa-se por esta época um auto seu denominado de “El-rei Seleuco” em casa de uma importante figura da corte.
Descobriu-se então, através do calão conceituoso, retorcido e sarcástico, um homem que escrevia ao sabor de uma grande despreocupação, viveu apenas do destino.
Na sequência de uma desordem ocorrida no Rossio, em dia do Corpo de Deus, na qual feriu um tal Gonçalvo Borges, foi preso por largos meses na cadeia do Tronco e só saiu – apesar de perdoado pelo ofendido – com a promessa de embarcar para a Índia. Ganhou assim uma forma de ganhar a vida ou mesmo de enriquecer. Aliás, uma das poucas compatíveis com a sua condição social de fidalgo, a quem os preconceitos vedavam o exercício de outras profissões.
Foi soldado durante três anos e participou em expedições militares que ficaram recordadas na elegia O poeta Simónides, falou assim (expedição ao Malabar, em Novembro de 1553, para auxiliar os reis de Porcá) na canção Junto de um seco, fero, estéril monte (expedição ao estreito de Meca, em 1555).
Esteve também em Macau, ou noutros pontos dos confins do Império, desempenhando as funções de provedor dos bens dos ausentes e defuntos.
O que se sabe é que a nau em que regressava naufragou e o poeta perdeu o que tinha amealhado, salvando a nado Os Lusíadas na foz do rio Mecon, episódio que fala na estância 128 do Canto X.
Para cúmulo da desgraça foi preso à chegada a Goa pelo governador Francisco Barreto.
Ao fim de catorze anos de vida desafortunada, interrompida certamente por períodos mais folgados, empreende o regresso a Portugal. Vem até Moçambique a expensas do capitão Pero Barreto Rolim, mas em breve entra em conflito com ele e fica preso por dívidas. Diogo do Couto relata mais este lamentável episódio, contando que foram ainda os amigos que vinham da Índia que, ao encontrá-lo na miséria, se cotizaram para o desempenharem e lhe pagarem o regresso a Lisboa. Diz-nos ainda que, nessa altura, além dos últimos retoques nos “Os Lusíadas”, trabalhava numa obra lírica, o Parnaso, que lhe roubaram – o que, em parte, explica que não tenha publicado a lírica em vida.
Chega a Lisboa em 1569 e publica Os Lusíadas em 1572, conseguindo uma censura excepcionalmente benévola.
Apesar do enorme êxito do poema e de lhe ter sido atribuída uma tença anual de 15000 réis, parece ter continuado a viver pobre.
Morreu em 10 de Junho de 1580. Algum tempo mais tarde, D. Gonçalo Coutinho mandou gravar uma lápide para a sua campa com a citação:
Aqui jaz Luís de Camões, Príncipe dos Poetas de seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente, e assim morreu”

Texto com base em: http://www.notapositiva.com
Web Site da Imagem utilizada: prof2000.pt

Sem comentários:

Enviar um comentário