domingo, 20 de fevereiro de 2011

Camões, Grande Camões, quão Semelhante...


Camões, grande Camões, quão semelhante 
Acho teu fado ao meu, quando os cotejo! 

Igual causa nos fez, perdendo o Tejo, 
Arrastar co'o sacrílego gigante; 

Como tu, junto ao Ganges sussurrante, 
Da penúria cruel no horror me vejo; 
Como tu, gostos vãos, que em vão desejo, 
Também carpindo estou, saudoso amante. 

Ludibrio, como tu, da Sorte dura 
Meu fim demando ao Céu, pela certeza 
De que só terei paz na sepultura. 

Modelo meu tu és, mas... oh, tristeza!... 
Se te imito nos transes da Ventura, 
Não te imito nos dons da Natureza. 


By: citador.pt/poemas

Blog.

Olá, "leitores" espero que estejam a gostar muito deste blog. Há muito que ler, mas sobretudo sintam o gosto, nos poemas que o nosso historiador Luís Vaz de Camões elaborou. Este blog fala única e especificadamente de Camões e das suas obras ! ...

Espero que estejam a gostar!...

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Acróstico


C
avaleiro da nossa Pátria!
Amante da Vitória.
Manobrador da sua Espada...                        
Ó tu que és grande!
Emocionante,
Sonhador!...


Acróstico feito por: Luísa Isabel Alvelos Fernandes (Eu)
Web site da Imagem utilizada: meninamuie.blogspot.com

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Os fantásticos Poemas de Camões.


    Amor é fogo que arde sem se ver
o Verdes são os campos

o Transforma-se o amador na cousa amada

o Se tanta pena tenho merecida

o Busque Amor novas artes, novo engenho

o Enquanto quis Fortuna que tivesse

o Tomou-me vossa vista soberana

o Quem pode livre ser, gentil Senhora

o O fogo que na branda cera ardia

o Tanto de meu estado me acho incerto

o Alma minha gentil, que te partiste

o Quando de minhas mágoas a comprida

o Ah! minha Dinamene! Assim deixaste

o Endechas a Bárbara escrava

o Descalça vai pera a fonte

o Perdigão perdeu a pena

o Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

o No mundo quis o Tempo que se achasse

o Quando me quer enganar

o Amor, que o gesto humano na alma escreve

o Quem presumir, Senhora, de louvar-vos

o Posto me tem Fortuna em tal estado

o Ao desconcerto do Mundo

o Eu cantarei de amor tão docemente(13/2/95)

o Que me quereis, perpétuas saudades?(20/2/95)

o Se as penas com que Amor tão mal me trata (6/3/95)

o Se me vem tanta glória só de olhar-te (22/5/95)

o Quem vê, Senhora, claro e manifesto (31/7/95)

o O dia em que nasci moura e pereça (5/2/96)

o Julga-me a gente toda por perdido (14/2/96)

o Vencido está de amor (14/2/96)

o Senhora minha, se de pura inveja (28/10/96)

o O cisne, quando sente ser chegada (28/4/97)

o Se pena por amar-vos se merece (13/10/97)

o Sempre a Razão vencida foi de Amor (11/5/98)

o Coitado! que em um tempo choro e rio (22/6/98)

o Lembranças, que lembrais meu bem passado (21/9/98)

o Nunca em amor danou o atrevimento (1/3/99)

o Erros meus, má fortuna, amor ardente (22/3/99)

o Qual tem a borboleta por costume (12/4/99)

o O tempo acaba o ano, o mês e a hora (7/6/99)

o Quem diz que Amor é falso ou enganoso (10/1/00)

o De quantas graças tinha, a Natureza (17/1/00)

o Ditoso seja aquele que somente (20/3/00)

o Se só no ver puramente (15/5/00)

o Onde acharei lugar tão apartado (4/12/00)


(os poemas poderão ser lidos através das hiperligações!)


A Vida de Um Poeta...


Luís Vaz de Camões nasceu em 1524/25, certamente em Lisboa.
Era filho de Simão Vaz de Camões e também de Ana de Sá.
Tudo indica que Luís Vaz de Camões pertencia à pequena nobreza. A situação de pertencer á pequena Nobreza não lhe constituía qualquer poder económico.
Camões frequentou o Ensino Superior, pelo que justifica a sua vasta cultura. 
Eventualmente Camões estudou em Coimbra, pelo que se referiu, a “longo tempo” passado nas margens do Mondego.
Antes de 1550 Camões viveu em Lisboa, onde permaneceu até 1553. Essa estadia foi interrompida por uma expedição a Ceuta onde foi ferido e perdeu um olho.
Em Lisboa, participou com diversas poesias nos divertimentos poéticos a que se entregavam os cortesãos; relacionou-se através desta actividade literária com as damas de elevada situação social, entre as quais D. Francisca de Aragão, e com fidalgos de alta nobreza, com alguns dos quais manteve relações de amizade. Representa-se por esta época um auto seu denominado de “El-rei Seleuco” em casa de uma importante figura da corte.
Descobriu-se então, através do calão conceituoso, retorcido e sarcástico, um homem que escrevia ao sabor de uma grande despreocupação, viveu apenas do destino.
Na sequência de uma desordem ocorrida no Rossio, em dia do Corpo de Deus, na qual feriu um tal Gonçalvo Borges, foi preso por largos meses na cadeia do Tronco e só saiu – apesar de perdoado pelo ofendido – com a promessa de embarcar para a Índia. Ganhou assim uma forma de ganhar a vida ou mesmo de enriquecer. Aliás, uma das poucas compatíveis com a sua condição social de fidalgo, a quem os preconceitos vedavam o exercício de outras profissões.
Foi soldado durante três anos e participou em expedições militares que ficaram recordadas na elegia O poeta Simónides, falou assim (expedição ao Malabar, em Novembro de 1553, para auxiliar os reis de Porcá) na canção Junto de um seco, fero, estéril monte (expedição ao estreito de Meca, em 1555).
Esteve também em Macau, ou noutros pontos dos confins do Império, desempenhando as funções de provedor dos bens dos ausentes e defuntos.
O que se sabe é que a nau em que regressava naufragou e o poeta perdeu o que tinha amealhado, salvando a nado Os Lusíadas na foz do rio Mecon, episódio que fala na estância 128 do Canto X.
Para cúmulo da desgraça foi preso à chegada a Goa pelo governador Francisco Barreto.
Ao fim de catorze anos de vida desafortunada, interrompida certamente por períodos mais folgados, empreende o regresso a Portugal. Vem até Moçambique a expensas do capitão Pero Barreto Rolim, mas em breve entra em conflito com ele e fica preso por dívidas. Diogo do Couto relata mais este lamentável episódio, contando que foram ainda os amigos que vinham da Índia que, ao encontrá-lo na miséria, se cotizaram para o desempenharem e lhe pagarem o regresso a Lisboa. Diz-nos ainda que, nessa altura, além dos últimos retoques nos “Os Lusíadas”, trabalhava numa obra lírica, o Parnaso, que lhe roubaram – o que, em parte, explica que não tenha publicado a lírica em vida.
Chega a Lisboa em 1569 e publica Os Lusíadas em 1572, conseguindo uma censura excepcionalmente benévola.
Apesar do enorme êxito do poema e de lhe ter sido atribuída uma tença anual de 15000 réis, parece ter continuado a viver pobre.
Morreu em 10 de Junho de 1580. Algum tempo mais tarde, D. Gonçalo Coutinho mandou gravar uma lápide para a sua campa com a citação:
Aqui jaz Luís de Camões, Príncipe dos Poetas de seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente, e assim morreu”

Texto com base em: http://www.notapositiva.com
Web Site da Imagem utilizada: prof2000.pt

Bem Vindo ^^ =P

Este blog foi elaborado única e especificamente para o Concurso "Camões um Poeta Genial" é uma iniciativa da Associação Casa-Memória de Camões em Constância, apoiada pela Câmara Municipal de Constância, Plano Nacional de Leitura e pelo Centro Ciência Viva de Constância.
Espero que gostes do Blog, e que Portugal fique a conhecer um pouco melhor o Histórico Luís Vaz de Camões, ele sim um grande poeta e navegador pela nossa pátria.